terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Espelho, que tudo ve.


Se o espelho mostra-se a alma haveria bonitos e feios, nao esta loucura de bonitos serem feios, e feios serem bonitos.
Mas neste momento ela encontra-se com quem ama, e quando se ama o feio parece bonito, e mais bonito que ele nao ha, nao existe mais ninguem que ela queira perder o seu tempo a olhar sem ser ele, e vale a pena, perde todo o teu tempo, pena que este nao para, porque assim estarias presa nesse momento perfeito, sem te mexeres um centimetro, porque assim queres.
Ela olhou no espelho, sem dizer uma palavra... nao estava sozinha, como tantas vezes antes, aquele sozinha que se transformou em solidao, aqueles olhos mortos agora eram um passado distante, quem a reconheceria agora?
Atraves do espelho olhou para os olhos dele, que olhavam para os dela, um sorriso, dois sorrisos, o corpo dele tocava o dela, outro sorriso.
Ela estava com a camisa preta dele que tapava metade da sua roupa intima, com o cabelo preso num rabo-de-cavalo, pegou a escova de dentes que nao lhe pertencia, a dele, e comecou a escovar os dentes.
Ele tirou o elastico que era dele dos cabelos dela, pegou no pente, e cuidadosamente penteou-lhe os cabelos pretos...
Enquanto ele lhe penteava os cabelos e ela escovava os dentes a frente daquele espelho, este lia o pensamentos de ambos.
O dela - Amo-te!
O dele - Vou tomar bem conta de ti, porque te prometi.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Ready?



Not really, was I supposed to be?


Quem realmente esta preparado para algo? Quem quer estar? Quando das um passo em frente nao importa em que direccao, pensas no passo seguinte? Nao, porque sabes que passo a passo haveras de chegar algures, nao importa aonde, desde que seja o fim da rua, a porta fechada a espera de ser aberta, porque sempre continuaras, em algum momento voltaras atras desse fim da rua, ou abriras essa porta, nao existe comeco, meio ou fim. E uma continuacao com os seus desvios e um unico quiz, com perguntas sem respostas. Quem no fim esta preparado para viver? Sentir? Nao, nao vens pre-preparado, mas tornas-te, olhando para tras e para a frente. E mesmo que nao estejas preparado as vezes tens que por um pe a frente do outro, e assim lutando para um dia te sentires seguro e ..voares invez de andares.
Por isso nao, eu nao estava preparada, nunca estive, primeiro dia de escola? Primeiro teste? Primeiro beijo? Primeiro amor?
Mas no fim do dia, quando alguem te ama, sera que nao te tornaras preparada?
O que se pode dar em troca a alguem que te da tudo?



segunda-feira, 23 de novembro de 2009

21.


Nas tuas mãos sinto-me uma boneca de porcelana.
Cuidado para não me partires.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro.
Afinal não errei no passar do tempo, ele passou, um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito.
Março, lágrimas.
Abril, negar.
Maio, odiar.
Junho, ignorar.
Julho, estou bem.
Agosto, saudades.
Setembro, amizade.
Outubro, cansei.
Só para dizer que daqui não há mais volta a dar, e sabes que mais? Eu consigo ser feliz sem ti, eu consigo viver sem ti.
Dizem que: "Devemos nos ausentar para causar-mos saudades, mas não demais para ele não descobrir que consegue viver sem nós".
Acredito que nunca a leste, pena.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

MJ, 5 anos.


Eu tenho uma rotina, e tu fazes parte dela, como uma regra que alguém se esqueceu de escrever. Tu és parte do meu dia-a-dia, não importa a distância, nunca sinto que estás longe, porque sei que tu nunca deixas-te o meu lado, tal como eu espero nunca deixar o teu, porque doí mais do que eu consigo aguentar ficar sem ti.

Não acho impossivel, tomarmos chás juntas e sabes porque? Porque há pessoas que são feitas para dividirem estradas conosco, e o que nós já dividimos foi forte demais, porque por mais que nós tenhamos destruido uma a outra, sabiamos sempre que valia a pena tentar, e conseguimos minha pequena, porque tu vales tanto a pena, nunca me arrependo.E tu sabes como eu gosto de alguém, olho para a pessoa e sei que essa pessoa será algo na minha vida, e quando eu te vi naquele dia, eu sabia quem tu eras. Quando conheço alguém procuro um pedaço de ti.. porque tu tens tudo o que eu mais amo.

Sempre que vou a Pt, tenho medo, medo que tu tenhas mudado demais, que tenhas encontrado uma amiga melhor, ou simplesmente alguém que esteja contigo todos os dias, que te limpe as lágrimas quando choras, como eu não posso, alguém que te veja sorrir, que te de conselhos, alguém com quem tenhas aquela cumplicidade. Mas sempre que te vejo, não importa o quanto possas ter mudado, porque eu sei que no fundo, eu sempre te reconheço, tu mudas, mudas, mudas, a alma, a inocencia, o coração o que lhe quiseres chamar é sempre o mesmo, por isso e que não importa. E nesses segundos que te vejo, depois de engolir a saliva e o choque, sou feliz.

Sim, um dia vamos conhecer o mundo, juntas, consigo imaginar isso, nós as duas, fazendo as compras de sempre, a sorrir, livres.
Sim, eu amo-te, amo a nossa amizade, amo a nossa cumplicidade.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Apetece-me


Apetece-me, gritar e calar, tocar e correr, aproximar e deixar, entrar e continuar.
Apetece-me deitar e sonhar, acordar e andar.
Apetece-me sair a correr entre um campo em flores, olhar para cada uma delas e não escolher nenhuma.
Apetece-me ir ao mar acrescentar-lhe água salgada, presente dos meus olhos.
Apetece-me esculpir, pintar, emoldurar, reanimar, causar um sorriso para sempre.
Apetece-me ir ao céu cumprimentar as nuvens, implorar-lhes que não me caiam em cima e voltar a rodopiar.
Apetece-me dançar sozinha numa encruzilhada, um pé a tocar no chão o outro no ar, sem cair, sem desequilibrar.
Apetece-me subir numa árvore e escolher o seu fruto mais bonito para dar para alguém que eu não conheço, nem conhecerei.
Apetece-me saltar duma cascata para encontrar os elementos no fim.
Apetece-me implorar ao sol que volte a cobrir-me a pele dourada.
Apetece-me pegar a areia e a deixar voar no vento, olhar para ela e viajar nela.
Apetece-me refazer a história, por um ponto final aqui, uma vírgula ali, um não merecido, um sim conquistado.
Apetece-me comer aquele bolo que a mãe fez com amor para o pai, aquele que nos é proibido. Apetece-me cheirar madeira cortada.
Apetece-me lavar a alma.
Hoje Apetece-me, apetece-me tudo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Maçã



Já não sei o que escrever sobre ti, já não tenho palavras, perderam-se entre a meia noite e meia e as cinco da manhã.

Pelo caminho despi-me da esperança, do querer, do sentir. Não estou a desistir de ti, estou a desistir das saudades e de todas as lágrimas que tenho para ti, os sorrisos tentarei lembra-los naqueles poucos segundos em que te deixarei entrar e comprimentar, com um olá e um adeus.
Mas no fim, eu estou a correr de ti, com saltos, não importa, desde que corra, não vou olhar para trás, não me vou despedir, não vou chorar.

Estou a sentir os teus olhos nas minhas costas, e desculpa mas desta vez vou ser livre. Já não espero mais nada de ti, eu sei que desta vez é de vez. E não sei o que doí mais...
O facto de me teres envenenado o coração, com uma maçã de palavras e atitudes, matas-te parte de mim, a parte que está naquele cristal a espera que alguém a salve, com um beijo ou um sorriso.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Querer, Gostar e Amar


O Querer, o Gostar, o Amar, são três rapazes, diferentes.

- O querer é aquele sentimento egoísta, de desejo, de carência, se ele não te olhar o odeias, porque a sua atenção é tal como dar água a uma planta, se não a deres murcha, sofrendo de feiura. Se ele o fizer, bem, pregas os teus olhos nos dele, e esperas que ele não os desvie, não pare aquela conecção, queres que ele te queira, quando tudo o que pensas e ires parar nos braços dele, só para ele acabar com essa solidão em que te transformas-te, mas sabes que tu no fundo não o queres por isso e que o deixas-te ir, com o coração em sangue, mesmo os nossos quereres mais odiosos têm coração.

- Gostar, também queres estar nos braços dele, só para ele te fazer sorrir, como um dia já fez, queres que ele não pare de te olhar quando tu finges que não notas, sorris só para ele te ver os dentes, mexes nos cabelos, inventas assuntos, mas ficas no lugar em que estás, não te moves, admiras-o mas isso é um segredo.

- Amar, é aquele de olhos azuis, a contradizer com os teus, aquele nervoso, aquele sorriso incontrolável, aquele maestro dos sentimentos que algum dia conheceste. É respeitar o não querer, e sorrir mesmo assim, preocupar-se com a felicidade dele, ver os sonhos tornarem-se realidades sem tu poderes fazer mais do que lhe dizeres: estou feliz por ti, quando tudo o que queres dizer é: estou tão orgulhosa de ti.
É o morderes a lingua e ficares calada quando queres gritar ao mundo tudo o que sentes, querer que ele leia os teus olhos, sem os mostrares por medo que ele realmente o faça, é esperar mesmo que se deva continuar, é seguir em corpo e mente, e deixar o coração para trás, ao alcance da mão dele.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Medalha



Tu és como o cheiro daquele dia, quando eu tinha seis anos, dia de vencedores e vencidos , dia de competição. Estava com aquela roupa de sempre, branca, com o cinto a falar por si só, eles aplaudiram, senti as minhas bochechas pegarem fogo, mas cerrei os punhos, se o ruido não fosse por mim, fiz que era, os olhos deles, os teus.

Eu entrei para vencer e foi isso que aconteçeu durante os primeiros minutos ou segundos, tempo é algo que não conheço enquanto estou no limite do tatami, mas naquele segundo que ela me pôs contra o chão, naquele segundo, sabia que havia algo de errado, como se algo escapasse do óbvio do meu ser.

E eu soube que te perdi naquele mesmo instante, eu tentei sair da teia que ela teceu a minha volta em poucos momentos, tal como quis lutar contra o que senti naqueles segundos que me afastas-te com o vento.

Perdi, mas ganhei uma medalha de bronze.. Tu és como a medalha de ouro, que me escapou pelos dedos, pelos segundos, horas, momentos, outras delas vieram, de ouro, bronze, prata, mas é por aquela que eu perdi que eu ainda luto, a que eu desejo, tal como tu, para mim és a medalha de ouro que terei orgulho de colocar no peito.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A barragem


E no fim, não sobrou o gosto do silêncio, ficou o meu adeus o unico que tinha para ti.
Eu refiz a nossa historia, fiz dela um album de memorias.
E como estou cansada de escrever de corações quebrados quando os voltaria a quebrar em mil pedacinhos só para viver outra vez, o que um dia senti por ti.
Então vou falar, de como te esqueci, do quanto sou feliz sem te ter, de quantos sorrisos ja tive depois que fechaste-me aquela porta.
Digamos que a vida seja um rio, as pedras, seixos e areias no fundo, a água azul clara, ao lado dela, a montanha cheia de neve, ao descer, os pinheiros verdes, e no fim o mar.
Naquele dia eu tinha uma separação no meu rio, continuar sozinha ou contigo eu partilhei a minha estrada contigo, mas como tudo na vida o que vêm, vai, e tu foste, corri atrás de ti kilometros, construi uma barragem para te impedir de ires-te. Fiquei com as lembranças porque tu a muito que já me tinhas escapado, mas não destrui a barragem pois sabia que um dia voltarias e eu estaria aqui a tua espera, sem percorrer nem mais um passo para longe de ti, no lugar em que me deixaste. Passaram estações por mim e tu não voltaste, então destrui a barragem, não demorou dias, nem horas, nem minutos demorou segundos, pois eu sabia o caminho que queria seguir, e este já não te inclui. Vou deixar-me ir, e o rio fluir.

sábado, 1 de agosto de 2009

Gigante:

Tantas e tão poucas são as palavras que quero transmitir, as essenciais perdem-se pelo caminho.
Nos finais de Setembro, três anos atrás um Gigante me defendeu, Gigante este que morou no meu coração, e que lá sempre terá um espaço e carinho especial, pois és e sempre serás o primeiro a ocupar lugar no meu ser.
Por causas dolorosas, nunca fizeste parte da minha vida com algum titulo para além daquele de eu te amar, o tempo passou, mas eu sempre procurei uma copia daquele gigante que me fez ser tudo o que hoje sou, sempre te procurei mesmo sem saber, vezes sem fim.
Agora vejo que sempre te amei, a imagem que deixas-te impressa em mim nunca apagaria, em qualquer frase, momento seria em ti que pensaria, nunca ninguém foi o Gigante que eras, foram outras coisas mas Gigantes nunca, quem consegue vencer o que só tu construiste no meu coracão?
Fui e vim, mas sempre contigo no corpo, na mente.
Ainda hoje senti as lagrimas quentes a descerem a minha face rapidamente só pela perda que foste, pelas lembranças que me deste, pergunto-me se te lembras e acho que não.
Mas hoje, meu Gigante, meu amor, ficaste pequeno diante dos meus olhos, sempre foste inalcançavel, impossivel, agora és apenas um homem, e eu uma mulher.
Nunca mais serás o que foste, não ficaste mais pequeno, eu e que cresci, por tua causa.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ondas


Olhava para o começo do infinito, onde a água e o vento se encontra numa linha horizontal. A terra encontrava o meu corpo e o fogo parte dele.
O céu que nada teme, observava cada golfada de ar que os meus pulmões tiravam, o mar indo e vindo vezes sem fim com todas as tonalidades de azul nele incrostadas, a minha pele a sentir cada grão de areia que nela encostava, mas não havia espaço para o desconforto neste perfeito momento. Nos meus ouvidos a sinfonia de sempre com a tua lembranca, esta que para o meu coração em brasas.
Levantei-me como se nada quisesse, e entreguei os meus pes a beirada do mar, ondas frias os molharam e espuma branca os envolveu, nao dei nem mais um passo mesmo o querendo fazer, e naquele momento desejei que estivesses comigo, para brincarmos de amar.
Tu com esse teu mistério e exotismo, vem para mais uma vez me pegares ao colo, dares um passo em frente e nos envolveres de água e bolhas. Agora que não estas aqui, vou sozinha... nesta água gelada, mergulho rapidamente e como lá não estas, lá não fico mesmo que as ondas me abracem num embrace inquebravel.
Vem segurar-me a mão para corrermos, brincarmos debaixo deste céu que tudo vê, dentro desta água que tudo quer, sentindo este vento que tudo sente e acendendo este fogo que só tu acendes em mim.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Esquecer

A palavra adeus foi pronunciada demasiadas vezes pelos meus labios para que agora declarem algo. Tu abandonas-te-me primeiro,mas eu nunca o parei de fazer, vezes sem conta pois contas nao tenho. Dizia-te adeus no meio das minhas memorias, nos meus sonhos inacabados, nos meus seres incalculaveis.
Eu amo outra pessoa e estou a implorar-te para que me deixes ama-lo.
Amar-te-ei para sempre, mesmo que nunca te lembres de quem eu fui, eu sempre saberei quem tu foste, e todas as palavras que agora nem a mim mesma pronuncio aqui escrevo. Obrigada por teres sido meu por mais pouco tempo que o tenhas, sinto orgulho de tudo o que conseguiste, daqueles sonhos que partilhas-te comigo. Mas amar-te nao e suficiente para lembrar, para parar, para chorar, para sempre seras o tecido do meu coracao, mas o resto ja nao te pertence.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tailin, meu ser, meu querer.


Tailin,

Tantas palavras me trazes com os teus cabelos a luz da lua, tantas outras me tiras com o teu olhar.
O tocar dos teus dedos na minha face deixam marcas de vermelho, de querer como eu te quero, mais que o fogo quer a madeira. Liberto-te do meu abraco eterno, daquele a que te entregavas naqueles primeiros dias, aquele em que eu esperava para te ter e te proteger. Perdooa-me meu amor, nao te farei de peao neste meu xadres a que muitos chamam vida, poucos serao as pecas que te poderam proteger.
Nao mereco o teu amor, minha mulher. Esperei uma vida para te encontrar, e um segundo para te perder, para sem alma ficar, viver nao quero, nao sem ti, Tailin.



Para sempre teu,
Edwin

terça-feira, 30 de junho de 2009

Uma, duas, somos só uma!


Acordei, sentia uma dor em cada músculo do corpo, mas isso era o que menos importava, não sabia onde me encontrava, escuro, rochas, seixos, pedras, envolviam-me neste mar de calor, no topo... um túnel estreito, a luz não era suficiente para iluminar tudo a minha volta, reconheci. Sei onde estou, mais uma vez aqui, meu velho companheiro, meu melhor amigo, meu velho inimigo, agora a juventude te inunda, voltaste por mim. Cai, mais uma vez neste buraco sem fim, neste que começa no meu ser e acaba na minha alma, como sai da última vez? Ah, sim, meu anjo negro me vieste salvar, o que fazer agora? Ja cá não estás!
Ouvi um ruido a poucos passos de distância, alguém acordava, era ela... maldita, eu era a boa, ela a má, ou será que eu era a má e ela a boa? Ela simplesmente seria tudo o que eu não sou! Tinhamos a mesma cara, o mesmo corpo, uma, duas, a lutarem por um só querer.
Ela disse-me: "Continuamos"
- "Ficamos"
Ela:" Desprezamos"
- "Queremos"
Ela: "Odiamos"
- " Amamos"

Desprezei amando.
Fiquei odiando.
Continuei querendo.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Montanha do meu coracao..


Eu perdi, mas mesmo assim nao me sinto uma perdedora.
Esta luta contra a montanha, exaustiva, suor inunda-me a cara, olhos fechados a sentirem o sol e as gotas salgadas que deles caem, uma a uma no chao, em cada passo uma poca, nelas o comeco da fertilidade, pequenas manchas verdes crescem.
Esta luta travada no meu coracao, entre eu e o ser que eu amores eternos jurei, esta que ganhei e perdi no mesmo segundo.
Sonhei que viveria nessa montanha para ver a branca neve a cair em pequenos flocos, as folhas vermelhas, laranjas, amarelas, castanhas a voarem ao som do vento, o chao ficar pintado de flores de todas as cores e tamanhos a despertarem, ou do sol a brilhar no fim de mais um dia, o meu rosto marcado por cada passar do tempo, mas o brilho esse o mesmo.
Mas a montanha aqui ficou, nao se mecheu, mas eu sem saber o porque ja la nao entro, ja la nao caminho, ja la nao vou, batalha perdida, ela ficara mas eu com um leve no na garganta me afasto e voou para longe, onde ninguem me podera ter, nem mesmo eu.

domingo, 21 de junho de 2009

Porta


Esta multidao, dentro dela, eu e tu, tu algures neste escuro em que nada sinto, procuro, mas a pouca luz que tenho de nada serve, caras fitam-me, nenhuma a tua, nenhuma a minha, esta escuridao que me inunda os olhos e a alma esta a impedir-me de te ver. Algures estaras nem que seja na montanha que es no meu coracao, ou no vento que pelo meu corpo passa, ou na agua que bebo. Quando vi aquela igreja, tive o impeto de la entrar simplesmente para absorver o que nela de majestoso tinha, algures nos recantos do meu ser me lembrou o que se deve fazer quando la se entre, nem eu sabia que isto sabia, mas ali estava eu a fazer um daqueles muitos sinais que sei, diriji-me algures e ajoelhei-me, rezei para um deus qualquer ou para todos eles, para que crescesse, sonhasse, tu voltasses e aprendesse a levantar mais uma vez. Mas levantar... ja levantei, mas por um pe a frente do outro para longe de ti, isso nao consigo, tento, mas isso eu ainda nao sou capaz, um dia serei. Como de ti nao me consigo afastar, construi um corredor entre nos, ele e escuro e no fim tem uma porta, estava aberta, agora fechada. Se me quiseres teras que dar os passos sozinho, entre a escuridao, no fim dela a porta encontraras abre-a, pois tens a chave...

terça-feira, 9 de junho de 2009

Tailin

Feridas, o tempo cura umas, abre outras.
A tortura do que sentia estendia-se a sua pele, bochechas vermelhas de emocao, uma que ela desejava com todo o seu ser nao sentir, os cabelos dele eram pretos como os seus, os olhos castanhos da cor da terra molhada, os seus labios defenidos comparaveis a montanhas, carnosos desejaveis, a sua pele nenhuma cor comparavel, este era o outro. O que a ela pertencia, tinha os cabelos loiros os olhos azuis como a agua do oceano e profundos como tal, os labios finos, a pele branca como a neve, mas em ambos um so reflexo, ela, Tailin, e nela o reflexo de ambos.
Ela traiu, mas ela amou...

Dedicado a dois amigos
Que em tempos diferentes da minha vida
Vieram e deixaram saudades profundas
Um o de amar e parar
O outro de gostar e continuar



sábado, 30 de maio de 2009

O mundo ficou..


Alguém, algures, decidiu dar-me um livro em branco, tantas folhas preenchidas com nada. O livro que escrevi com o teu nome em cada paragráfo, com o teu cheiro em cada página, com o teu rosto em cada palavra, com o nós em cada vírgula, esse que estava naquela mesa de cabeceira ao lado da minha cama naquele quarto dentro daquela casa que construiste de uma só vez no meu coração, em que moraste por pouco tempo.Cada segundo parecia um ano, cada noite uma década, cada dia tudo.
Rasguei todas as folhas, as deixei voar no vento, a água ficou com umas, o céu outras, o mundo todas. O mundo ficou com o meu amor por ti, tu o poderas esquecer, eu? Não. De ti lembrarei sempre com o soprar do vento com o reflexo do espelho, com o ir e vir da água, mas doer? Já não doi, amar? Ja não amo, querer? Já não quero.
Naquele livro só o meu nome e a data se sabe, o resto em branco, folhas sem fim, rascunhos muitos, verdades poucas. Com uma caneta rabisco aquela folha de papel, somente desenhos saem, palavras não tenho, procuro-as… mas nem eu sei o que dizer.


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Registro

Do que falar agora, quando o meu assunto esta trancado entre as portas do passado.
Quando me olho no espelho ainda vejo as marcas que deixaste em mim, as tantas que me mudaram, obrigada, o teu reflexo em mim, mas nada mais que isso, nada mais do que um reflexo do que ja fui, ja fomos, e nunca mais seremos.
A verdade entranhou-se na minha pele, no meu corpo na minha mente, e nao me importo que te tenhas ido tao mansinho que nem vi, tarde demais notei.
O meu corpo ainda se vira na tua direccao, a minha cara na oposta, mas a minha mente nada registra, nada importa, tempo e so isso que preciso para tomar controle do meu corpo e o deixar como estiver na tua presenca, essa que por vezes aparece solitaria, acompanhada nao interessa.
Ainda estas em cada frase que digo, e impossivel no contar do tempo nao pronunciar o teu nome, ainda o vejo escrito pelos cantos de todas as ruas sem sentido, como as nossas que ja nao encaixariam, ja nao faz sentido continuar, eu sou eu, tu es tu, nada mais que isso, tudo o que e preciso.
Aquela foto me perturba, nao sei porque, desisto de saber.
Amor? O que e isso entre nos? Ja nao importa, as tantas palavras que pelo meio nao foram pronunciadas, as tantas mentiras que nao pesaram, verdade ou mentira o facto nao muda, nunca mudou, nao mudara, e ca estou dando as voltas com o mundo, nenhuma ancora, ondas sem fim.. estas que veem, sabem bem.
Liberto-me de ti, guardo as lembrancas e olho para as mudancas.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Mentiras

Mais uma mentira, cada dia que digo que nao te amo, esta que sempre foi uma mentira, torna-se um passo mais perto da verdade.
Cada dia mais minha, menos tua, mas hoje vou lembrar, vou voltar so por uns pequenos minutos, aproxima-te da porta trancada das minhas memorias que hoje vamos dar uma volta no parque, nos os dois.
Dois dias, pareceram mais dois anos, saudades aquelas que me consomem, parar? nao queria, nao tinha forca nao aguentava, atras de ti, sempre.
Os meus olhos focaram-se onde sabia que estarias, no lugar de sempre, com o teu cigarro camel na mao, nao te encontrar foi doloroso, que faria se nao te visse? Ouvi algures alguem pronunciar o meu nome, nao quis saber, queria-te a ti, volta meu amor, volta para mim, as saudades estao a acabar comigo. "Diana", as escadas estavam a dois degraus do fim, virei a cara e la estavas tu a olhares para mim, cada letra do meu nome pronunciada por ti, fez-me vibrar. Esqueci-me de quem tinha ao meu lado, desci os degraus as pressas, e fui bater no teu corpo, o meu castelo ninguem aqui poderia apanhar-me nao teriam forcas. Apercebi-me tarde demais de como tinha sido impulsiva, sem jeito larguei-te, entre o teu beijo e o teu abraco um pouco surpreendidos..

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sentidos

Realmente, palavras para que?
Poderia encontrar-te sem precisar gritar na escuridao: " Onde estas, meu anjo?"
Bastava respirar, algures encontraria o perfume da tua pele, aquele que comeca doce e acaba com uma pitada de cigarro, o poderia reconhecer algures, nunca com uma amostra dele fiquei, e leve demais ( nao e um perfume) es tu, o teu cheiro.
Fecha os olhos pensaria, eles esqueceram-se de ti, e doloroso olhar para um anjo cadente, a cair, estas a cair nas profundezas, onde nao vou, onde doi ir, -" Anjo, promete ficar aqui ate eu voltar, um dia volto, espera".
Da-me as maos e guia-me, onde quiseres, seguirei-te e abandonarei-te, - " vais acabar comigo outra vez, meu anjo".
Se te tocasse, seria luta perdida, vencerias - " Nao me toques, anjo, senao desapareco"
A tua voz, ja nao sei dela a perdi pelo caminho o silencio venceu - " Se disseres o meu nome anjo, encontrar-me-as ao teu lado"

Voa para longe onde nao te posso ter, nao te posso ver, nao te posso tocar, conhecer.
Leva-me contigo, nao me deixes para tras, nao me facas construir asas para te seguir.
Aqui fico eu, e la vais tu.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Primavera

A dias que sinto algo a construir-se bem por debaixo da minha pele, algo a mudar, a espera.
Esperei tantos segundos, minutos, horas, dias para que esta paz voltasse, e foi assim que a encontrei.
Passo atras de passo por entre tantas caras, tantas vozes, lojas, uma atras da outra, entrei nas que me interessavam, nada de novo, nao preciso disto ja tenho.. Mas PRECISO mudar, pq eu mudei, e isso sempre significou mudanca de guarda-roupa. Para as pessoas que vivem comigo, mudanca de guarda-roupa significa novo amor, novo aroma, novas felicidades, novas tristezas, hoje, mudo pq algo voltou, ou algo comecou.
Sinto algo que nao me tocava a muito tempo, energia, entusiasmo, ideias, tantas coisas vejo a minha frente..O primeiro dia do que? Nao sei o que esperar do amanha, nao sei como me comportar, nao quero saber, vou ser eu, sem medos, como prometi, a quem? Ja nao sei.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

John and Rose

Nao havia maneira de fazer aquele dvd-player funcionar, sempre um problema quando tinham algo importante a acontecer, ela comecava a achar que aquele tinha algum genero de stress quando se tratava de momentos importantes, em que um filme era obrigatorio, pois quando nao havia o querer ver um filme funcionava as mil maravilhas.
Ela decidiu que nao haveria nada que fizesse aquele seu dvd-player ressuscitar, como ja tinha visto muitos filmes no computador, com enorme vergonha propos-lhe: "Podemos assistir no computador?" Ele com zero entusiasmo concordou, nao era esse o ambiente que desejava, e tudo o que menos queria era tar sentado numa cadeira e ela noutra. Como ela o olhasse e mais uma vez lesse algo na sua cara disse: "Eu acho que e desconfortavel sentarmo-nos numa cadeira durante duas horas, podemos trazer o sofa do meu quarto, o unico problema e que nao cabemos la os dois", com um olhar ofendido ele respondeu-lhe: "Esse nunca foi o nosso problema Rose", a tentar esconder todos os sentimentos que vieram naquele segundo perguntou-lhe: " Ficas bem se eu me sentar no teu colo?", ele sem olhar para ela so foi capaz de dizer um" "sim".
Pegaram o sofa do quarto dela e comecaram a assistir o filme, ela nas pernas dele, tudo tinha mudado, tudo menos isto, parece que era a unica coisa que nao mudaria entre eles, tambem para que mudar o que sempre foi assim? esta dependencia um do outro, ela naquelas pernas que a faziam sentir tao segura, ele a segura-la, os bracos a volta da sua barriga, nao a largando, nao, larga-la era doloroso demais para ele.
Desde aquela tarde em que tiveram aquela estupida zanga, ela tao cansada dos amigos dele, ele cansado do medo dela de o perder, era um medo inutil, mas naquela tarde ele a viu quebrar em pequenos pedacos, nada pode fazer, ele estava demasiado irritado para a perdooar, tudo o que sempre lhe pediu era para ela nunca gritar com ele, nao suportava isso, e quando ela o fez tudo caiu, ele soube que nao haveria volta a dar, o fim. Ela comecou a chorar, o controle era algo que lhe faltou completamente naqueles tantos e longos minutos, ele a abracou e prometeu-lhe: " Seras sempre a minha melhor amiga, nao importa o que aconteceu aqui hoje, eu amo-te" Entre lagrimas ela disse: " Eu tambem te amo".
As pessoas viram aqueles dois a passarem de um casal que nao conseguia aguentar mais de uma hora separados um do outro, ela sempre sentada no colo dele, o casal meloso diziam as invejosas, passaram de amor total, a uma amizade com cuidados excessivos, controles, nao se podiam magooar.
A curiosidade dele o tinha levado a chegar naquele dia a casa dela, para assistirem um filme de terror, ela tinha dito que ele nao a queria ver a ter medo, isso causou-lhe uma curiosidade intensa, ultrapassou todas as precaucoes e numa tarde exigiu-lhe: " Eu quero ver 28 days later contigo, na tua casa ou na minha?" Ela com uma cara terrorizada e derrotada disse: " Na minha, tu sabes que os meus pais estao a viajar outra vez", os pais dela sempre a viajarem, ela tambem tinha essa paixao mas as aulas a impediam de explorar o mundo como desejava, e desde que conhecera o John nao aguentaria estar muitos dias em outro pais, nao sem ele. Acrescentou ao ver a cara dele de satisfeito e curioso "Vou morder-te se ficar com medo" - " Just don't touch my piercing", " Hmm, okay, your skin is enough" - " hahaha". Esta conversa era irrelevante agora, ela estava sentada nas pernas dele, nada a podia fazer sentir medo, sentia-se protegida, e os bracos dele a formar uma corrente na barriga dela, fazia a sentir nervosa, mas sabia que com ele aqui nada de mal poderia acontecer, aquela corrente lembrava-lhe sempre o como ela estava acorrentada a ele, inquebravel.
La vinham os zombies na tela, ela cravou-lhe as unhas na pele, ele deu um salto, e afundou os bracos mais no abraco que os mantinha juntos naquela poltrona, ela olho-o, e disse em voz baixa: " Perdooa-me", ele percebeu que ela nao se referia ao filme, e disse: " A mim tambem", tirando as maos do abraco a fazendo olhar para ele, e beijando-a. Ela pos as maos no pescoco dele.
Nada mudaria, ainda se amariam, mas nao sabiam se haveria perdao, mas continuaram, nao importava se poderiam magooar-se, eles tentariam, nao importa se nao haveria mais nada para recuperar, eles continuariam um pelo outro.


domingo, 26 de abril de 2009

Tudo e Nada

O que era tudo agora e nada, o que sinto e nada, quero o tudo para parar de sentir o nada.
O nada que deixas-te para tras, o tudo que levas-te contigo, eu caminho nestas nuvens que nada teem a procura do tudo que algures se esconde, algures me espera, ou sera que ja la foi? Secalhar para uma pessoa como eu em que o tudo virou as costas, nao ha mais nada do que o nada. Talvez o nada seja o tudo, e nao haja mais do que nada, o tudo um sonho que tive numa noite de nada, ou secalhar tu foste o nada, e este e o comeco do tudo.
Como desejo que nao passes de nada, mas como sei que para mim es o tudo.

domingo, 12 de abril de 2009

Verdade


Hoje dei muitos passos, cresci centimetros, criei barreiras, ouvi o insolito, acreditei no inacreditavel.
Quando tudo acontece de um momento para outro, que fazes? Eu olhei, parei e escutei.
Olhei a verdade, para a ver precisei parar, parando nao ouvi o eco dos meus passos mas sim,ouvi a voz.
A verdade e que este e o momento, aquele em que tudo pode mudar, vou agarra-lo com todas as minhas forcas, vou abandonar-te, vou esquecer-me, vou ser eu, com mais uns centimetros, talvez nao os vejas mas eles cresceram, levantei, e o engracado e que levantei com outra queda, com outros medos, mas eu me liberto de ti.
Quando pensei que o caminho da minha vida tinha chegado a um fim prematuro, pensei em ti, ironico nao?
Que venha o que tem que vir, estou preparada, nao e o meu ultimo breath, nao, nao sera, se o tentares tirar de mim, lutarei por ele, por cada segundo.

"It is an honor to die at your side sr.."
"It is an honor had lived at your'se"


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Passos

Cada passo que dou, e mais um passo para longe de ti, e dois mais ao teu lado.
Tudo na minha mente, confude, cada lagrima que nao cai, cada sorriso que nao aparece, tudo isso es tu.
Cada pessoa com os seus passos rapidos, lentos, seductivos, relaxados, tudo isto passa a minha frente, os meus olhos por vezes saem deste nublado em que os deixaste e segue esses tantos passos que sao dados a minha frente, este tempo a passar, mas depois desinteressam-se e volto a ser so mais uma pessoa sentada neste banco da vida a espera que o tempo passe, pare e diga: Ola, hoje o tempo e teu, diz-me o que queres ver. O tempo brinca comigo, manipula-me, o unico sorriso em que os meus labios se dobram e aquele quando o tempo vem, mostrando-me o passado, o nos. Sempre pensei que com o tempo este sentimento disse-se adeus, e desse lugar a algum ola, vindo de algum outro lado, nunca do teu, mas o tempo passou e aqui estou eu, ainda presa ao teu ola, e ao teu adeus, este adeus que me quebrou, este pedaco quebrado que nao quer voltar a ser um so. Sempre pensei que era forte, que aguentaria, mas a cada dia nao aguento, nao aguento esse teu silencio, mas aprendi que haveria pior a minha espera, ate aguentaria o silencio se pelo menos te pudesse ver, se tivesse algum objectivo, se nao fosse so este silencio e cansaco que sou.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Moeda

Juro que e a ultima vez que te dou um lugar nas paginas da minha vida, so mais este, so mais estas perguntas.
Acredita que te amei, e nao foi pouco, mas cada vez que nao te olho mais vontade de nao te olhar me da, e quando sem querer te encontras no foco do meu olhar, das-me arrepios, em quem te tornas-te? Onde esta aquele que me fez sonhar, acreditar, respeitar, amar? Quem es tu? Nao acredito que te tenha pintado tao maravilhoso, nao tinha porque fazer isso a minha vida sem ti era uma vida feliz, contigo mais ainda, agora nao sei, nem quero saber. A porta trancou-se, a porta que nos conectava, esquece. Sempre pensei que voltarias, e no comeco ficaria simplesmente grata por teres voltado, agora nao o facas, acredita nao sei se me consigo controlar, toda esta raiva controlada nao esta assim tao controlada se me disseres que cometeste um erro, acredita vou magoar-te. Tantos motivos, mas gostei da teoria dela, eu te pedi amor, exactamente a unica coisa que nao me podias dar.
Liberto-me hoje de ti, e de todas as tuas memorias, escolho o lado da moeda onde es o mau da historia, e mais facil assim. Eu nao errei, tu tb nao, entao de quem foi a culpa? nossa? talvez, nossa, partilhar a culpa, whatever, nao quero essa moeda de duas faces que es, ou te tornaste. Adeus.


sábado, 28 de março de 2009

Free

Hoje sei que me fizeste tua prisioneira naquele primeiro minuto, eu estendi o cigarro que estava entre os meus dedos, e entre a minha boca coberta de gloss, nao olhei nos teus olhos, mas a tua accao rapida e excitada me fez rir, o teu corpo alto, a saltar a frente dela para dares fogo ao meu cigarro. Desde ai o caso era perdido, ainda nao eras meu, e ja eu estava com ciumes, ja eu te queria, ja algo comecava. Comecou e acabou, nao quis aceitar, mas tu obrigaste-me a abrir os olhos e ver que seguiste com a tua vida, gostas dela. Eu soube antes de aceitar, e os cigarros passavam pela minha boca, deixando um leve picar na minha lingua, acalmem-me imploravas-lhe, mas eles nao podiam tirar este peso que caiu sobre mim, esta dificuldade de respirar, a minha pele fria, os espasmos de dor que passavam pela minha cara, agua enchiam-me os olhos, e eu com a pouca forca que tinha, as travava, nem mais uma lagrima por ti, not again. O tunel que nos construimos juntos, nao tem luz ao fundo, entao vou voltar atras, vou abracar quem me ama, vou conversar com ele, talvez o amor dele de para os dois, porque o meu coracao agora, nao aceita ninguem, as lagrimas nao me inundam o rosto, mas o meu coracao que ja as chorou agora congelou. Nao faco nada para viver, passo dias naquela cama, a ler, ler, ler, nao me apetece fazer mais nada, nao tenho energias, nao tenho esperancas. Nao sei se me sinto livre por ter aceitado a verdade, ou presa por nao ter mais a esperanca. O meu corpo arasta-se da cama pelo resto da casa, mais nao sou capaz, estou dormente, nao quero sentir, nao te amo, mas nao amo mais ninguem, como posso entregar o meu corpo, os meus labios a alguem que nao amo? Dizem que so se esquece um amor com outro, achas que devo tentar? Secalhar devo, nao deves ser o unico Princepe encantado no mundo..

"You don't even know the meaning of the words I'm sorry
You said you would love me until you die
As far as I know you're still alive"


quinta-feira, 12 de março de 2009

Let's face the truth


E que tal enfrentarmos a verdade? Melhor hoje que amanha.
Os dias nao pararam, mesmo comigo perdida no tempo, eles continuaram, dia apos dia, noite apos noite, e tu nao voltaste a preencher o vazio que deixaste, esperei, esperei, esperei.
Pronunciaste as palavras, olhaste para a minha reaccao com uma mascara na cara, e depois fez-se o silencio.
Este silencio entre nos que me afasta de ti, de tudo o que pensei ser meu, todos os sonhos, realidades que agora nao existem mais, agora sou eu, tu, mas o nos algo que nao consigo recuperar.
As memorias tiradas como fotografias, aparecem sem serem convidadas, nao as quero tanto quanto sou dependente delas.
Tu continuas o mesmo sem realmente o ser, os meus olhos passam por ti vezes sem fim e nao sei quem es, quem te tornaste, a sombra que deixaste nao sai do meu coracao, corpo, alma.
A verdade e que ja nada posso fazer, mas o tempo passou e aqui estou, mais tua do que minha.