domingo, 21 de junho de 2009

Porta


Esta multidao, dentro dela, eu e tu, tu algures neste escuro em que nada sinto, procuro, mas a pouca luz que tenho de nada serve, caras fitam-me, nenhuma a tua, nenhuma a minha, esta escuridao que me inunda os olhos e a alma esta a impedir-me de te ver. Algures estaras nem que seja na montanha que es no meu coracao, ou no vento que pelo meu corpo passa, ou na agua que bebo. Quando vi aquela igreja, tive o impeto de la entrar simplesmente para absorver o que nela de majestoso tinha, algures nos recantos do meu ser me lembrou o que se deve fazer quando la se entre, nem eu sabia que isto sabia, mas ali estava eu a fazer um daqueles muitos sinais que sei, diriji-me algures e ajoelhei-me, rezei para um deus qualquer ou para todos eles, para que crescesse, sonhasse, tu voltasses e aprendesse a levantar mais uma vez. Mas levantar... ja levantei, mas por um pe a frente do outro para longe de ti, isso nao consigo, tento, mas isso eu ainda nao sou capaz, um dia serei. Como de ti nao me consigo afastar, construi um corredor entre nos, ele e escuro e no fim tem uma porta, estava aberta, agora fechada. Se me quiseres teras que dar os passos sozinho, entre a escuridao, no fim dela a porta encontraras abre-a, pois tens a chave...

1 comentário:

  1. que posso eu dizer? a tua escrita fala por ti, simplesmente maravilhosa.

    morro de saudades tuas*

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