sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ondas


Olhava para o começo do infinito, onde a água e o vento se encontra numa linha horizontal. A terra encontrava o meu corpo e o fogo parte dele.
O céu que nada teme, observava cada golfada de ar que os meus pulmões tiravam, o mar indo e vindo vezes sem fim com todas as tonalidades de azul nele incrostadas, a minha pele a sentir cada grão de areia que nela encostava, mas não havia espaço para o desconforto neste perfeito momento. Nos meus ouvidos a sinfonia de sempre com a tua lembranca, esta que para o meu coração em brasas.
Levantei-me como se nada quisesse, e entreguei os meus pes a beirada do mar, ondas frias os molharam e espuma branca os envolveu, nao dei nem mais um passo mesmo o querendo fazer, e naquele momento desejei que estivesses comigo, para brincarmos de amar.
Tu com esse teu mistério e exotismo, vem para mais uma vez me pegares ao colo, dares um passo em frente e nos envolveres de água e bolhas. Agora que não estas aqui, vou sozinha... nesta água gelada, mergulho rapidamente e como lá não estas, lá não fico mesmo que as ondas me abracem num embrace inquebravel.
Vem segurar-me a mão para corrermos, brincarmos debaixo deste céu que tudo vê, dentro desta água que tudo quer, sentindo este vento que tudo sente e acendendo este fogo que só tu acendes em mim.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Esquecer

A palavra adeus foi pronunciada demasiadas vezes pelos meus labios para que agora declarem algo. Tu abandonas-te-me primeiro,mas eu nunca o parei de fazer, vezes sem conta pois contas nao tenho. Dizia-te adeus no meio das minhas memorias, nos meus sonhos inacabados, nos meus seres incalculaveis.
Eu amo outra pessoa e estou a implorar-te para que me deixes ama-lo.
Amar-te-ei para sempre, mesmo que nunca te lembres de quem eu fui, eu sempre saberei quem tu foste, e todas as palavras que agora nem a mim mesma pronuncio aqui escrevo. Obrigada por teres sido meu por mais pouco tempo que o tenhas, sinto orgulho de tudo o que conseguiste, daqueles sonhos que partilhas-te comigo. Mas amar-te nao e suficiente para lembrar, para parar, para chorar, para sempre seras o tecido do meu coracao, mas o resto ja nao te pertence.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tailin, meu ser, meu querer.


Tailin,

Tantas palavras me trazes com os teus cabelos a luz da lua, tantas outras me tiras com o teu olhar.
O tocar dos teus dedos na minha face deixam marcas de vermelho, de querer como eu te quero, mais que o fogo quer a madeira. Liberto-te do meu abraco eterno, daquele a que te entregavas naqueles primeiros dias, aquele em que eu esperava para te ter e te proteger. Perdooa-me meu amor, nao te farei de peao neste meu xadres a que muitos chamam vida, poucos serao as pecas que te poderam proteger.
Nao mereco o teu amor, minha mulher. Esperei uma vida para te encontrar, e um segundo para te perder, para sem alma ficar, viver nao quero, nao sem ti, Tailin.



Para sempre teu,
Edwin